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quinta-feira, 16 de julho de 2009

A Poderosa Nola Rae!

Assisti Nola Rae, mímica australiana, em 1992, uma grande e inesquecível experiência!


 
Em 1992, pouco se sabia da mímica, os grupos que mostravam esta arte eram em número muito pequeno e, nesta época, o que o brasileiro tinha mais acesso era ao pantomimo tanto na rua como nos palcos. Em nosso imaginário o que circulava era Luis de Lima (com quem estávamos estudando naquele período), Ricardo Bandeira, de quem ouvíamos falar mais do que víamos de fato e Vicentini Gomes que, sabíamos, utilizava técnicas de mímica para o seu teatro falado não sem possuir um repertório totalmente de mímicas e pantomimas.

Pois foi neste ano, em 1992 que vimos a mímica australiana Nola Rae. Para nós, uma artista de linguagem renovada, embora, no dizer de Luiz de Lima, não apresentasse nada de novo. Mas como desejar o novo se mal conhecíamos o velho?

O espetáculo de Nola Rae mostrou inúmeras possibilidades da linguagem da mímica. Com figurino despojado, criativo, sem o tradicional preto e branco. Uma maquiagem inventiva inclusive com um nariz pintado na ponta como uma estrela e uma grande disposição física no palco.

Naquela noite no teatro Tereza Rachel (não tenho tanta certeza de qual teatro foi o espetáculo). Vimos a arte da mímica como imaginávamos e não conhecíamos tão bem. De modo que, Nola Rae, nos deu outras possibilidades de contemplação.

Claro que no Brasil, grupos como OS MIMOS e o LUME já pesquisavam a mímica com outras características mas este material de pesquisa era exclusivo dos grupos, já que, publicações em português sobre esta arte era inexistente.

Durante o espetáculo de Nola Rae, uma grande novidade, para nós... a Tragédia de Hamlet, genialmente interpretada toda com as mãos, inclusive, com figurino nos dedos da atriz e uma caixinha mágica formando um palco para moldurar o tamanho das mãos. Simplesmente inesquecível!

 

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