OBRIGADO POR ME PRESTIGIAR!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

C'EST SI BON

Ano da França no Brasil.

Nunca fui à França. Mas a França veio ao Brasil e me convidou! Isto mesmo, um belo convite feito por uma equipe de produtores franceses que realizam no Brasil um belo festival digno da Belle Époque. Lá você come uma deliciosa comida típica e entra em contato com a cultura gaulesa e acaba seduzido pelo povo mais charmoso do ocidente, os franceses.

 

Conviver com uma equipe inteira de franceses é realmente uma aula de bom gosto, respeito e ótimo humor. Foi esta a impressão que tive em 2009 quando recebi o primeiro convite para me apresentar no Forte de Copacabana no belo festival Cest si bom, um encontro entre os franceses e os brasileiros do Rio de Janeiro que, todos sabemos, ainda vivem, de certa forma, na Belle Époque francesa do início do século 20.

Em 2010, recebi novo convite, desta fez para fazer 15 show´s. Apesar da forte chuva que abateu-se durante os dias do encontro, tivemos momentos de intensa diversão com o público fascinado vivendo a deliciosa fantasia do mundo de Asterix.

Na minha percepção, o “C’est si bom” veio para ficar e os brasileiros estão, cada vez mais, apaixonados por este belo evento cultural feito com muito amor por uma competente e bela equipe.

VIVE LE FRANCE!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

NOÉLIA ALBUQUERQUE, A FOTÓGRAFA!

"A História de um artista só existe quando ele se conecta com outros artistas!"

Em 1992, durante o fórum global da Rio Eco 92, eu fui um aventureiro presente naquele evento e já se passaram 18 anos desde que esta foto foi tirada e marcou o início de minha história artística no Rio de Janeiro.
Esta foto circulou o mundo e foi minha vitrine durante os anos 90. Quando ela, Noélia, me viu fazendo mímica para uma multidão de pessoas de todo o planeta, apontou sua Nikon (ou seria uma canon?) em minha direção e fez os registros de um trabalho que trouxe muito orgulho para a memória da mímica!


Toda uma geração de jovens que cresceu vendo meu trabalho nas escolas, teatros, ruas, becos e comunidades do Rio de Janeiro e Brasil a fora teve nesta foto, a imagem precisa do artista que sempre procurei ser. Com os olhos esbugalhados de esperança, uma maquiagem simples e a expressão de um completo sonhador!
Hoje, quase duas décadas depois, vejo que Noélia captou com perfeição a imagem de um artista que só queria e quer ver sua arte servindo aos propósitos de um mundo melhor!
OBRIGADO NOÉLIA ALBUQUERQUE!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

GRATIDÃO - UM PRESENTE DE VICTOR DE SEIXAS!


"Recompensas pela escolha de se ser artista"!


Étienne Decroux e o cavalo marinho,
símbolo de suas pesquisas corporais.


Valorizo os pequenos gestos da vida. Acho que é disso que somos feitos, o resto só posso creditar à genialidade de alguns artistas que, com seu toque profundo acabam criando novos paradigmas! Não é o meu caso. Minha arte vem se construindo de coisas bem pequenas, sem qualquer tipo de pretenção.
Porém, tem coisas que não dá pra esquecer. Tenho em mãos, enquanto escrevo esse micro-artigo, uma revista de mímica que me foi enviada pelo Victor de Seixas. Na capa, um cavalo marinho dourado, na contracapa a foto de Étienne Decroux na meia idade. Nas páginas, fotos preto e branco de toda uma história da mímica na França. Ali você pode conferir Marcel Marceau nas aulas de Decroux, vê o corpo esculpido em formas elegantes de Eliane Guyon e uma precisão em cada linha do livro, todo em inglês. Tradução da versão Francesa, me parece!

Por volta de 2001, se não me engano, lembro de um e-mail do meu amigo Victor perguntando como eu estava e, evidentemente, querendo saber como andavam minhas peripécias mímicas pelo Brasil. Dito isso, ele me conta que tá em Londres, estudando com Steve e Corrine, seria esse os nomes? Fico encantado com a notícia e ele então me faz a pergunta direta" "Jiddu, quer alguma coisa daqui?" e eu apenas digo, "Gostaria de ver fotos do Decroux" e ele então me envia essa magnífica revista que é o Mime Journal 2000/2001.

Quando abro o envelope, posso lançar um olhar de tranquilidade e cheio de gratidão... ver aquelas fotos inspira qualquer um. E um presente como esse, não se ganha todo dia!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

ACREDITE, MICHAEL JACKSON ERA MÍMICO

A mímica é um meio de expressão multiuso!


Pois é, alguém tem dúvida disso? Michael Jackson era mímico. Podemos chamar sua prática de Mimo Dança: uma linguagem que teve surgimento com o boom do expressionismo alemão e se estendeu criando uma escola muito forte de artistas que utilizavam a linguagem da mímica para obter um contato direto e instantâneo com o público.
Como a foto comprova, nosso pop star gostava de ver o mímico francês Marcel Marceau, tanto que fez questão de visitá-lo em Paris. Mas este não foi o único encontro dos dois. Marcel Marceau fez muitas turnês pelos EUA nos anos 70 dando cursos de mímica para diversos jovens e influenciou toda uma geração. Infelizmente esta história não foi contada e certamente a dança que Michael Jackson chama de Moonwalk é uma releitura da mímica de rua e palco.
Nada depreciativo contra o grande pop estadunidense, afinal, a arte da mímica não pertence a ninguém e faz parte do acervo cultural humano e cada um faz dela o que quiser.
Michael fez bom uso desta arte e tem nosso respeito! Viva o mímico Michael Jackson!
Existem diversos artistas famosos que se envolveram com a mímica e aos poucos a gente vai conversando sobre isso.
Por hoje é só.
Abraço em todos,
Jiddu

quarta-feira, 7 de julho de 2010

EM ALGUM LUGAR - CURITIBA.

Uma foto antiga pode aquecer o presente!




Curitiba, a cidade que nasci não deixa de ser a cidade que sonhei. Dizem que sonhamos com tudo o que nos acontece, então eu sonhei com Curitiba, sonhei com meu pai, minha mãe e me tornei quem sou.
Um dia, trabalhando no Largo da Ordem, meu amigo Chico Farro (Bira) fez esta foto e ela passeia em minha lembrança. Era o início de minha carreira como mímico. Lá estava eu! O Jiddu, o menino que não se ajustava a nada, que não tinha paradeiro.
De repente, rodeado de gente aplaudindo a ingenuidade e a poesia que aprendi com meu mestre Everton Ferre.
Esta foto é uma homenagem ao Jiddu menino, ao querido Chico Farro, ao mestre Everton Ferre! Que ano será este? 1989, parece! Será? Sou que estou ali? Não, não sou mais eu, fui eu, era eu... agora sou outro, mas também sou aquele que está ali, na foto...
Bom, o ano não importa tanto... importa é que foi um momento de poesia que se perdeu no tempo mas está eternizado no coração de quem por ali passou, colocando de lado, a indiferença!